TATIANI – (tomando café numa caneca) Bom dia, amor! Dormiu
bem?
SIDNEY – Dormi.
TATIANI – Desculpe eu estar pelada.
SIDNEY – Não. Você fica linda.
Sidney e Tatiani se beijam rapidamente na boca.
TATIANI – (depois de tomar mais um gole de café) Gostou de
ontem à noite.
SIDNEY – Ah, gostei, né. Meu cu ainda está ardendo. Fazia
muito tempo que eu não dava a bunda. Desde que eu era criança (olha para o pau
de Tatiani). E o seu pau é bem grande.
TATIANI – Ah, mas eu fui carinhosa com você, não fui?
SIDNEY – Foi, não estou reclamando. Eu também fui carinhoso
quando comi a sua bunda. (pausa) O seu cu também não fica ardendo no dia
seguinte.
TATIANI – Só um pouquinho. Já estou acostumada. Dou a bunda
desde meus treze anos. E sou travesti, né. Faz parte. Quer dizer, muitos
clientes são só passivos. Eu prefiro quando são ativos, ou ativos e passivos,
como você.
SIDNEY – Eu adorei transar com você, Tatiani. Nunca tinha
tido feito sexo tão gostoso. Nem com mulher.
TATIANI – Eu também gostei de transar com você, Sidney. Quer dizer, foi um programa, mas foi gostoso.
E eu ainda ganhei uma grana em cima. Quer coisa melhor (ela coloca a caneca de
café dentro da pia). Se quiser um café, pode pagar. Só tem café, nada para
comer.
SIDNEY – Vou tomar um pouco.
TATIANI – Pega ali (aponta onde está a garrafa térmica).
Sidney vai até a mesa, e se serve um pouco de café. Bebe um
gole e depois se aproxima novamente de Tatiani.
SIDNEY – Você tem uma bunda deliciosa, Tatiani.
TATIANI – Obrigada (ela sorri). Então volte sempre. Você
sabe onde me encontrar, né?
SIDNEY – Sei.
TATIANI – Então termine de tomar seu café para ir embora.
SIDNEY – (aproximando-se novamente de Tatiani) Sabe o que é,
Tatiani. Eu queria comer a sua bunda mais uma vez.
TATIANI – Olha, Sidney, o programa terminou ontem. Se quiser
fazer mais alguma coisa comigo, vai ter de pagar um extra.
SIDNEY – Ah, Tatiani, larga de ser mercenária!
TATIANI – Mercenária, não! Eu vivo disso, meu filho.
SIDNEY – Ah, Tati. Eu dei todo o meu dinheiro para você. Estou
só com o da condução no bolso.
TATIANI – E eu com isso?
SIDNEY – Ah, vai, Tatiani. Pela nossa amizade.
TATIANI – Que amizade?! É a primeira vez que a gente sai.
SIDNEY – Se depender de mim, vai ser a primeira de muitas.
(ele abraça Tatiani por trás) Eu levantei com uma vontade danada de comer seu
cuzinho de novo.
TATIANI – É, estou sentindo seu o pau duro.
SIDNEY – Deixa eu comer você mais uma vez, Tati. Dá próxima
vez que a gente sair eu dou uma grana a mais.
TATIANI – Olha, eu não faço fiado, não. Que história é essa:
come primeiro e paga depois.
SIDNEY – (carinhoso) Ah, Tatiani. Seja boazinha comigo (ele
abraça Tatiani).
TATIANI – Ai, Sidney, para!
SIDNEY – Dá, vai, Tati!
TATIANI – Ah, está bom, eu dou. Mas uma rapidinha, tá?
Depois você vai embora.
SIDNEY – Combinado (beijando o ombro e o pescoço de
Tatiani). Que delícia você é.
TATIANI – Vamos lá para o quarto (ela começa e se
movimentar). Eu não fiz chuca, tá.
SIDNEY – Não. Não precisa.
Abraçados eles vão em direção à porta que conduz ao quarto.
SIDNEY – Você chupa meu pau antes?
TATIANE – Ah, Sidney, agora você já está abusando!
SIDNEY –
Ah, vai, Tatiane!
TATIANE – Está bom, eu chupo.
Os dois saem de cena pela porta.
CORTE.